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Cargill confirma sua participação no HIDS: multinacional norte-americana quer ampliar as parcerias com a Unicamp

Em visita à Unicamp na última terça-feira (19), o vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento da Cargill, Kerr Dow, confirmou a participação da multinacional norte-americana no Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS).Presente em 70 países, a Cargill tem um amplo campo de atuação, incluindo produtos e serviços agrícolas, alimentos e nutrição animal. Em 2011, a Cargill inaugurou no Ciatec 2 seu primeiro centro de tecnologia e inovação de alimentos na América Latina. O local foi escolhido justamente pela proximidade com a Unicamp, com a qual a Cargill já tem vários projetos em parceria. “A sustentabilidade é um valor central para a Cargill e o HIDS vai ao encontro dos nossos objetivos”, afirmou.

Kerr Dow explicou que a empresa desenvolve vários projetos com objetivo de consolidar cadeias de suprimentos sustentáveis em produtos como soja, cacau, algodão e de nutrição animal. “Com o HIDS queremos ampliar os projetos em parceria com a Unicamp, especialmente para criação de soluções de base biológica para a indústria de alimentos, um dos principais focos da Cargill atualmente, adiantou o vice-presidente. “Estamos buscando oportunidades nessa área e acreditamos que o Brasil tem potencial forte de gerar essas soluções”, complementou.

Kerr Dow, vice-presidente mundial da Cargill e Carlos Prax, diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Cargill, localizado no Ciatec 2. Crédito: Alex Matos

A criação do HIDS está sendo coordenada pela Diretoria Integrada para o Planejamento Integrado (DEPI). Ele tem como missão contribuir para o processo do desenvolvimento sustentável, agregando esforços nacionais e internacionais para produzir conhecimento, tecnologias inovadoras e educação das futuras gerações, mitigando e superando as fragilidades sociais, econômicas e ambientais da sociedade contemporânea. “A ideia é, a partir da presença de universidades, empresas, instituições de pesquisa e ainda residências e oferta de serviços, construir um modelo de desenvolvimento sustentável que possa ser uma referência”, afirmou o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel. O HIDS deve ocupar uma área total de 11,3 milhões de metros quadrados que inclui a Unicamp, a PUC-Campinas e o Ciatec 2, polo criado há 30 anos pela Prefeitura de Campinas como uma reserva para desenvolvimento tecnológico. De acordo com Knobel, o grande desafio é construir um modelo de governança que concilie os objetivos de todas os atores presentes, públicos e privados.

Para o diretor do Centro de Tecnologia da Cargill América Latina, Carlos Prax, é fundamental construir um modelo de negócios e de parcerias específico para a região. “Criar um tipo de zona econômica diferenciada poderia destravar o potencial de toda a área”, afirmou. O diretor executivo da Depi, Professor Marco Aurelio Pinheiro Lima, acrescentou a Unicamp têm trabalhado em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado de São Paulo, que considera a possibilidade de criar regras especiais para a área. Nosso objetivo é estabelecer um distrito onde as sinergias entre governo, universidade e empresas aconteçam e que resultem em um grande laboratório vivo de soluções urbanas robustas, inteligentes, flexíveis e sustentáveis. “Ao alinhar os objetivos de diversos atores em torno de um modelo mais sustentável de ocupação e de desenvolvimento, o HIDS almeja ser uma referência para a cidade de Campinas, para o Estado de São Paulo e para o país”, finalizou.