Energia
A geração de energia renovável é uma das preocupações centrais da Unicamp em sua busca por sustentabilidade. A Universidade possui uma usina fotovoltaica em seu campus de Barão Geraldo, Campinas, que, além de permitir uma redução nos custos com energia elétrica, possibilitou integrar um ônibus elétrico na frota do transporte circular da Universidade (em 2020). A geração de energia solar integra o projeto Campus Sustentável, realizado em parceria com a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL). Iniciado em 2017, o projeto Campus Sustentável visa transformar a Unicamp no maior Laboratório Vivo de Sustentabilidade Energética da América Latina.
Ainda na área de energia, por meio de uma parceria com a Comgás, a Universidade substituiu o óleo diesel e o gás liquefeito de petróleo (GLP) pelo gás natural canalizado. A previsão é que haja uma redução anual de 10,1% na emissão de gases de efeito estufa.
Em uma ação recente da Divisão de Energia e Água da Unicamp, a Universidade contratou energia 100% renovável para abastecer as unidades do campus Zeferino Vaz (Barão Geraldo) de 2024 a 2026.
Direitos humanos e inclusão
Como parte de política mais ampla que tem por objetivo fazer com que a sociedade esteja representada na Universidade e buscando promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos (item quatro dos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável – ODS), em 2017, a Unicamp aprovou a adoção de um sistema de cotas étnico-raciais, reservando 25% das vagas disponíveis para candidatos autodeclarados pretos e pardos. Também foi aprovada a criação do Vestibular Indígena. O primeiro vestibular indígena [melhor grafar Vestibular Indígena em caixa alta] foi realizado em 2018. Além disso, aperfeiçoamentos no Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (Paais), criado em 2004, permitiram ampliar o ingresso na Universidade de alunos vindos de escolas públicas, transformando o perfil dos alunos que frequentam as salas de aula da Unicamp.
A Unicamp também foi pioneira na criação de uma Diretoria Executiva de Direitos Humanos (DEDH). A DEDH conta com sete Comissões Assessoras que buscam contribuir com a Universidade na construção de políticas inclusivas e no debate contemporâneo sobre o direito à dignidade e à vida.
Conexões pelo Desenvolvimento Sustentável
Em 2020, a Unicamp se tornou signatária da “Global Climate Letter” (“Carta de Emergência Climática”), iniciativa internacional que já reúne mais de 280 instituições de ensino superior do mundo todo. A Carta é parte do esforço global liderado pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês) para enfrentar a grave crise socioambiental hoje instalada no planeta. No Brasil, apenas seis universidades assinaram o documento.
A partir de 2021, a Unicamp também passou a compor a Rede de Universidades para o Desenvolvimento Sustentável, uma iniciativa do Unitar (Instituto das Nações Unidas para Formação e Pesquisa), ligado à ONU (Organização das Nações Unidas). A Rede é uma plataforma de aprendizagem, intercâmbio e parcerias para universidades da América Latina e do Caribe, sempre tendo como foco os ODS.
Rankings
A Unicamp está entre as 200 universidades do mundo mais comprometidas com a sustentabilidade, segundo o ranking Impacts, da consultoria britânica Times Higher Education (THE). No Brasil, a Unicamp está em segundo lugar, precedida apenas pela Universidade de São Paulo (USP). Em sua última edição, o ranking avaliou 1.406 instituições de ensino superior de 106 países.
Já de acordo com o UI GreenMetric World University Ranking, a Unicamp aparece em 65º lugar no quesito sustentabilidade, em 2021. Divulgado anualmente pela Universidade da Indonésia, o ranking avalia indicadores de sustentabilidade em seis categorias: 1. Ambiente e infraestrutura; 2. Energia e mudanças climáticas; 3. Resíduo; 4. Água; 5. Transporte; e 6. Ensino e pesquisa. No ranking de 2021, a Unicamp subiu três posições, em relação ao ranking anterior, entre as universidades mais sustentáveis da América Latina, passando a ocupar a sétima posição. No Brasil, a Unicamp continua sendo a terceira universidade mais sustentável. Em 2021, foram 956 universidades avaliadas.