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Por meio de estudos e levantamentos, HIDS começa a se materializar

Os próximos meses devem ser intensos na agenda do HIDS. As empresas ANX Arqueologia e CarbonoZero, contratadas pelo BID para fazer os levantamentos arqueológico e do patrimônio ambiental do HIDS já iniciaram suas atividades, a Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI) concluiu os estudos sobre o modelo de negócios para o HIDS e o KRIHS, Instituto Coreano que está elaborando o master plan para o HIDS, está preparando três cenários de ocupação para a área do projeto. Eles serão apresentados em um workshop que vai acontecer em abril. Estes foram alguns dos informes da 10ª reunião do Conselho Consultivo do HIDS, que aconteceu no dia 09 de março. Segundo o coordenador geral do projeto do HIDS, Mariano Laplane, o balanço geral do andamento do projeto é muito positivo. “Desde o início do projeto já foi construir uma marca HIDS, um ativo importante. Com estas últimas entregas, estamos materializando este projeto para a cidade de Campinas”, disse. O Conselho Consultivo Fundador do HIDS é uma instância consultiva formada, até o momento, por 14 instituições. O planejamento e as principais decisões sobre o HIDS têm sido submetidas ao Conselho para discussão e conhecimento.

Paralelamente ao planejamento do HIDS, a Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria de Planejamento e Urbanismo, com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, está elaborando uma nova lei de uso e ocupação do solo para toda a área do Ciatec 2, que foi ampliada e deve passar a ter a denominação de PIDS (Polo de Inovação e Desenvolvimento Sustentável). Conforme informou a Secretária de Desenvolvimento Econômico, Adriana Flosi, este projeto vai ser apresentado à representantes de incorporadoras e do setor imobiliário do Estado em evento no dia 11 de março e, em seguida, será submetido a audiências públicas. Ela informou também que a Prefeitura está buscando apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo para construir um programa de incentivos fiscais para a área do HIDS. “Este projeto só vai dar certo se tivermos a participação dos três níveis de governo. Precisamos deste alinhamento”, afirmou Adriana.

Rafael Andery, subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Estado de São Paulo, informou que a Secretaria está concluindo o Plano de Desenvolvimento do Estado (PDE), que vai até 2040, um documento mais abrangente, com grandes eixos estratégicos e com forte alinhamento com a Agenda 2030. “Tanto o HIDS como o CITI foram mencionados no Plano. Minha sugestão é estreitar os contatos do HIDS com a InvestSP (Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade). A Agência tem sido bem-sucedida na atração de investimentos para o Estado e isso pode beneficiar o HIDS”, disse.

Tirando o HIDS do papel – A previsão é que o master plan do HIDS seja finalizado e entregue pelo KRIHS em julho deste ano. Com isso o projeto fica o grande desafio de tornar o HIDS uma realidade. Para Bruno Moreira, CEO da Inventta, consultoria que cuida de governança do projeto do BID, é fundamental ter uma estratégia clara para o segundo semestre deste ano, depois que os produtos contratados pelo BID junto às consultorias forem entregues. Como viabilizar a implantação do HIDS? Como dar visibilidade ao master plan entregue? O que será feito depois de finalizada a fase do projeto com o BID? Na reunião do Conselho, ele reforçou o convite para que todos se apropriem do conteúdo produzido até agora sobre o HIDS. “Essa é uma oportunidade de moldar o que vai ser o HIDS, com a participação e contribuições de todos os atores”, disse. Mariano também destacou que todas as entidades do Conselho têm que se perguntar qual o seu plano de desenvolvimento para os próximos cinco ou dez anos e como estes planos demandam do HIDS. “A Unicamp, por exemplo, tem que ser capaz de dizer ao KRIHS o que ela pretende fazer na Fazenda Argentina, quais são os planos para aquela área. Isso vai ser importante para o KRIHS entender que tipo de atividades devem estar presentes no território do HIDS e entregar um plano diretor mais realista”, finalizou.

Por Patricia Mariuzzo