Notícias

Unicamp cria uma coordenadoria para o HIDS/Fazenda Argentina

Com os objetivos de delinear um plano de ocupação do HIDS na Unicamp no espaço da antiga Fazenda Argentina; avaliar a aderência dos projetos a serem implantados com os princípios de sustentabilidade; elaborar a proposta de estrutura institucional do Hub na Universidade; representar a Unicamp na interação com as outras entidades públicas e privadas participantes na implantação do HIDS e prospectar parcerias que auxiliem na implantação do projeto, foi criada em junho de 2022, por meio da Resolução nº 23/2022, a “Coordenação de implantação do HIDS Unicamp”.

Segundo o reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, a criação da coordenação foi motivada pela necessidade de disseminar na Universidade um olhar para o futuro. “O HIDS faz parte disso”, destacou. A nova comissão será coordenada pelo professor do Instituto de Economia e atual coordenador do projeto do HIDS na Unicamp, Mariano Laplane. Além dele, estão na equipe:

  • Marcelo Cunha,  coordenador da componente de avaliação de sustentabilidade do HIDS,
  • Gabriela Celani, coordenadora da componente do projeto físico-espacial do HIDS,
  • Miguel Bacic,  coordenador da componente do modelo de negócios do HIDS,
  • Thalita Dalbelo, coordenadora de sustentabilidade da Unicamp, área ligada do Escritório Campus Sustentável,
  • Wesley Silva, coordenador da componente do Patrimônio do HIDS,
  • Eduardo Gurgel, diretor do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, ligado à Inova Unicamp,
  • Adriana Nunes, chefe adjunta de Gabinete da Unicamp e
  • Sônia Regina da Cal Seixas, professora do Nepam e presidente da Comissão Assessora de Mudança Ecológica e Justiça Ambiental (Cameja), ligada à Diretoria Executiva de Direitos Humanos (DeDH).

Um dos desafios da Coordenação é estabelecer um conjunto de princípios para o HIDS no âmbito da Unicamp e disseminá-los para toda comunidade a fim de engajar pesquisadores, professores, alunos e funcionários em projetos que poderão ser desenvolvidos no âmbito do HIDS, especialmente na área da Fazenda Argentina, que representa quase 60% do total do território do HIDS. “Não há limites para o que o HIDS vai abrigar, desde que haja um compromisso com os princípios da inovação, tecnologia e sustentabilidade”, afirmou Meirelles.

Um exemplo é um projeto-piloto de uma usina fotovoltaica associada à produção de hidrogênio verde, utilizando energia renovável. Outra possibilidade é a instalação de painéis fotovoltaicos, em parceria com o projeto do Campus Sustentável, associado à produção de alimentos, com a participação da Feagri, e ainda a instalação do Hospital Metropolitano. Laplane lembrou ainda de projetos sugeridos pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec), como a Casa dos Saberes Ancestrais e o sistema de monitoramento da biodiversidade do HIDS.

Recentemente, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) anunciou o apoio financeiro não-reembolsável de cerca de 14 milhões para a Vila de Startups da Unicamp. O projeto prevê a construção de mais de 3 mil m² para abrigar startups e empresas de base tecnológica (EBTs) dentro do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, sob gestão da sua Agência de Inovação (Inova Unicamp). De acordo com Eduardo Gurgel, a ampliação pode contemplar uma área na Fazenda Argentina. “Seria uma forma também de alavancar a ocupação da área, alinhada com os princípios de inovação e tecnologia”, disse.

O HIDS começa com a criação de corredores ecológicos que irão restabelecer e conectar remanescentes de mata nativa na região da Fazenda Argentina, área de 1,4 milhão de metros quadrados adquirida pela Unicamp em 2014. A conexão entre os fragmentos de mata deverá permitir a troca gênica das espécies de fauna e flora, evitando sua degeneração. O plano também contempla a conexão e recuperação de nascentes de água. A previsão é que, em cinco anos, sejam criados 217.000m² de corredores ecológicos, 300.000m² de área de plantio, 92 metros de passadores de fauna e 6.500 metros de cercamentos de corredores. Para Meirelles, esse projeto é fundamental para inspirar outros atores a se engajarem, como, por exemplo, empresas e ONGs. “Estamos começando com uma iniciativa que visa a conservação dos recursos naturais, mas precisamos fortalecer esse projeto com apoio de mais atores”, destacou o reitor da Unicamp.

Por Patricia Mariuzzo, com informações da Inova Unicamp.