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Comitiva de Campinas apresenta Lei de Incentivos e visita polos tecnológicos na Coreia

A nova Lei de Incentivos Fiscais foi um dos destaques da agenda que a comitiva de Campinas cumpriu no terceiro dia de visita oficial à Coreia na noite desta quarta-feira (28). Os secretários municipais Aurílio Caiado (Finanças) e Adriana Flosi (Desenvolvimento Econômico) foram recebidos pela embaixadora Marcia Donner Abreu e pelo adido de Ciência e Tecnologia, Neylor Caldas Monteiro. O encontro foi realizado na embaixada do Brasil na Coreia.

A comitiva de Campinas está na Coreia a convite do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com roteiro organizado pelo Instituto de Pesquisa Coreano para Assentamentos Humanos (KRIHS/Korea Research Institute for Human Settlements).

No evento desta quarta-feira, foram apresentados os atrativos para quem quer investir em Campinas, entre eles, a nova Lei de Incentivos Fiscais, que oferece incentivos para investimentos ou expansão de negócios na cidade. Voltada para indústrias, centros de distribuição, unidades de logística e serviços, call centers e empresas de serviços como as da área de tecnologia da informação e de comunicação, a Lei prevê isenção de IPTU, ITBI E ISSQN da Construção Civil, além de redução da alíquota do ISSQN de 5% para 2%.

“Nosso objetivo é atrair grandes empresas para Campinas e também possibilitar que as que já estão na cidade permaneçam e consigam ampliar suas instalações e seus negócios”, disse o secretário de Finanças, Aurílio Caiado. “Apresentar Campinas na Coreia é uma grande oportunidade e tenho certeza que essa visita resultará em bons frutos”, completou.

O prazo de concessão dos benefícios varia de 6 a 20 anos, de acordo com o valor do investimento, postos de trabalho gerados, receita de prestação de serviços e valor adicionado fiscal gerado.

O encontro foi organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação e, além dos incentivos fiscais, outras características da cidade, importantes na decisão de quem pretende investir, foram apresentadas.

“Campinas tem o 2º maior PIB per capta entre as capitais e é o 10º PIB entre os municípios brasileiros. Tem localização estratégica, mão de obra qualificada, polo industrial diversificado e três parques científicos e tecnológicos. Sem dúvidas, hoje é uma das melhores cidades para investir”, disse Adriana Flosi, secretária de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação.

A secretária citou outros potenciais importantes como o número de instituições de ensino superior e de ciência e tecnologia; o crescimento econômico acima da média estadual e federal, além da criação da Lei da Inovação – Marco das Startups e a Lei do Sim – Selo de Inspeção Municipal.

“A cidade é, hoje, um epicentro de ciência, tecnologia e inovação. São 16 instituições de ensino superior e 20 de ciência, tecnologia e inovação. Além disso, é uma cidade preocupada com o meio ambiente, com corredores ambientais estratégicos e 26 parques e bosques. Temos a segunda maior floresta urbana do Brasil”, concluiu.

A visita

Para aprofundar o conhecimento sobre a implantação e gestão de polos tecnológicos, a comitiva de Campinas que atualmente se encontra em missão de estudos na República da Coreia, está realizando, durante esta semana, visitas a parques e cidades inteligentes. A viagem faz parte do desenvolvimento do projeto urbano (masterplan) para a área do HUB Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que está sendo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Coreano para Assentamentos Humanos (KRIHS/Korea Research Institute for Human Settlements). O projeto é financiado por um convênio com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que também custeia toda a visita.

Desde a última segunda-feira, 26 de setembro, os secretários municipais de Campinas de Desenvolvimento Econômico, Adriana Flosi, de Finanças, Aurílio Caiado, e de Planejamento e Urbanismo, Carolina Baracat, participam das atividades na missão oficial, ao lado de convidados da Unicamp e da PUC-Campinas.

Nesta quarta-feira, a comitiva também conheceu o parque tecnológico de Pangyo Techno Valley, chamado de Vale do Silício da Coreia, onde estão instaladas empresas de pesquisa e desenvolvimento em várias áreas, como informação e biotecnologia. Antes, na terça-feira, 27, os campineiros estiveram na cidade internacional Songdo. Lá, conheceram o Ifez Smart City, Centro de Monitoramento da Cidade Inteligente de Songdo. Considerada Zona Econômica Livre, a cidade coreana fica em uma ilha artificial e começou a ser erguida em 2003, com custo previsto de US$ 40 bilhões. Os primeiros moradores começaram a chegar a Songdo em 2009 e a cidade foi concluída em 2015.

“As duas cidades foram planejadas e construídas de forma a atrair pessoas para morar, trabalhar e ter lazer, fomentando novas centralidades urbanas com incentivo à ciência, tecnologia e inovação”, avalia a secretária de Planejamento e Urbanismo, após visitar Songdo e Pangyo. Carolina Baracat está acompanhada de duas assessoras técnicas da Pasta, ambas envolvidas no desenvolvimento do Polo de Inovação e Desenvolvimento Sustentável (PIDS) de Campinas, uma região de 17 milhões de metros quadrados, no Distrito de Barão Geraldo, que engloba o projeto do HIDS da Unicamp.

Segundo Baracat, foi importante conhecer a estrutura implementada e ver o funcionamento real para trazer exemplos do que é possível aproveitar em Campinas. “Todo polo tecnólogo tem uma equipe que faz a gestão e o monitoramento, seja uma empresa pública como em Songdo ou uma empresa particular no polo de Pangyo”, conta. Ela destaca que nos dois projetos são importantes a mescla de uso para atividades comerciais, residenciais e de lazer, o desenvolvimento orientado pelo transporte, e a altura homogênea dos edifícios, com destaque para alguns prédios icônicos. “Praticamente conceito e proposta iguais ao PIDS”, avalia.

Para a quinta-feira, 29, está programada viagem até a cidade planejada de Sejong, concebida para sediar ministérios e agências governamentais. A vista será encerrada na próxima sexta-feira em evento científico com os pesquisadores do Instituto Coreano (KRIHS).

Fonte: Diario Campineiro