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Conselheiros do HIDS definem agenda de curto prazo para o projeto

Dar passos concretos para constituir uma pessoa jurídica para o HIDS; elaborar um documento que registre o que a sustentabilidade – ambiental, social e econômica – representa para o Conselho e lançar uma campanha de comunicação para dar mais visibilidade ao HIDS. Essa foi a agenda de curto prazo definida na sétima reunião ordinária do Conselho Consultivo do HIDS, que aconteceu no dia 16 de junho, em formato virtual. De acordo com o professor Mariano Laplane, coordenador geral do projeto na Unicamp, estas ações devem permitir que cada uma das entidades do Conselho possa avançar na sua própria estratégia de como implementar o HIDS dentro da sua área de atuação. Ainda segundo ele, até o fim do ano, elaboração do master plan terá avançado substancialmente. “A partir daí a agenda é ainda mais desafiadora: materializar o HIDS, as infraestruturas, iniciativas e empreendimentos que uma das entidades considerar viáveis, sempre dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável”, afirmou o coordenador.

A partir dos estudos realizados até agora pela equipe da componente do Modelo jurídico, a institucionalização do HIDS deve acontecer por meio da criação de uma associação. Com isso será possível qualificar o HIDS como um interlocutor perante diferentes níveis de governo, agências nacionais e internacionais e conduzir uma campanha de comunicação direcionada a instituições do governo, agências de fomento, entidades do governo federal, fundações e instituições internacionais. Segundo Josué Mastrodi, professor da Faculdade de Direito da PUC-Campinas, que coordena esta componente, a proposta é criar uma associação sem fins lucrativos, com um modelo simplificado e com duas características principais: a possibilidade de ingresso dos membros do Conselho Consultivo como associados quando eles considerarem apropriado e a possibilidade de o estatuto social ser alterado a partir do pedido de qualquer um desses associados. “O objetivo é apresentar o HIDS como uma pessoa jurídica, distinta dos membros do Conselho, podendo estabelecer uma comunicação de acordo com a sua previsão estatutária e de acordo com os interesses da associação”, explicou Mastrodi.

Marca HIDS – Além de avançar na constituição de uma pessoa jurídica, outra ação concreta para o projeto como um todo é definir um modelo de negócios do HIDS. De acordo com Laplane, o principal desafio é criar um plano de negócios capaz de impulsionar negócios coletivos em torno da marca HIDS. “O trabalho feito até aqui conseguiu construir uma marca HIDS. Eu vejo uma oportunidade de associar todas as entidades – públicas e privadas – a um conceito de sustentabilidade que é cada vez mais importante. É aí que vem a questão do posicionamento da marca porque, conseguindo articular a força que as instituições do Conselho têm ao desenvolvimento sustentável, todas as marcas individuais passam a ser associadas a esse conceito que tem um valor muito positivo. A marca HIDS, se for bem-sucedida no seu objetivo de conferir ao desenvolvimento que vai ocorrer nesta região um perfil sustentável, só vai reforçar as marcas já presentes ali. É possível fazer isso individualmente? Sim, é possível. Mas nós podemos muito mais se estivermos associados!”, afirmou o professor Mariano.

Esta foi a primeira participação do reitor da Unicamp, Tom Zé, como presidente do Conselho Consultivo. O reitor da Unicamp reafirmou compromisso da atual gestão da Unicamp com o projeto do HIDS. Para ele, a Unicamp pode oferecer ao ecossistema do HIDS a perspectiva de um espaço de inovação, marcado pela criatividade, transdisciplinaridade e pela atenção às demandas reais da sociedade, da cidade de Campinas, do Estado de São Paulo e do país “Nossa gestão buscará trabalhar em total harmonia e em parceria com as instituições representadas no Conselho e com as que venham se juntar a ele. Temos que ser ousados, por isso queremos envolver toda a nossa comunidade neste projeto, procurando estender o seu impacto às nossas unidades localizadas fora de Campinas, em Limeira e Piracicaba”, afirmou o reitor da Unicamp. Para Mariano Laplane, a decisão da nova gestão da Unicamp de trazer o HIDS para o Gabinete, como uma assessoria especial, é bastante sintomática da importância que o projeto tem para esta instituição e que vai conferir mais agilidade ao projeto. “O momento atual demanda ações concretas, para que essa noção do HIDS como um lugar para o desenvolvimento de novas soluções tecnológicas para a sustentabilidade, onde se aplicam e se monitoram essas soluções, possa atrair novos parceiros e recursos, para que o projeto possa avançar”, disse.

Participaram da reunião Adriana Flosi, Secretária de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo da Prefeitura de Campinas, Germano Rigacci Júnior, reitor da PUC-Campinas; José Roque da Silva, diretor-geral CNPEM; Tom Zé, reitor da Unicamp; Sandro Roberto Valentini, coordenador de ensino superior do governo do Estado de São Paulo; Roberto Soboll, superintendente do Instituto ELDORADO; Rodrigo Coelho Sabbatini, diretor da FACAMP; Sebastião Sahão Junior, presidente CPQD; Franklin Gindler, presidente da Cariba Empreendimentos e Incorporação; Carlos Prax, diretor do Centro de Tecnologia da Cargill América Latina; Pedro Claudio Silva, diretor financeiro da Sanasa, e Silvia Maria Fonseca Silveira Massruhá, chefe-geral da Embrapa Informática.

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 Por Patricia Mariuzzo