
16 dez Conselho do HIDS faz balanço sobre o projeto
A nona reunião do Conselho Consultivo do HIDS teve como objetivo fazer um balanço do projeto em 2021 e traçar algumas diretrizes para 2022. A contratação da consultoria portuguesa que está elaborando uma proposta de modelo de negócio, o início do diagnóstico arqueológico da área do HIDS e o início das atividades do escritório coreano, KRIHS, responsável pela elaboração do master plan do HIDS são alguns dos avanços ao longo de 2021. “Chegamos ao final do ano em uma condição bem melhor do que a que tínhamos no início do segundo semestre”, afirmou Mariano Laplane, coordenador do HIDS na Unicamp.
A Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI), consultoria especializada na gestão de projetos que fomentem a inovação e à criação de parcerias estratégicas está à frente do consórcio responsável pela elaboração de uma proposta de modelo de negócios e de um marco estratégico para o HIDS. A consultoria já fez uma análise do ecossistema de inovação onde o HIDS será implantado para identificar o potencial do HIDS de incrementar o ecossistema de inovação local e identificar que tipos de serviços, empresas, infraestruturas e serviços que o Hub poderá agregar. A partir destas informações é que serão delineados o marco estratégico e o modelo de negócios. A SPI também fez um estudo de benchmarking de polos de desenvolvimento e inovação sustentáveis no mundo. Os dois estudos podem ser consultados no site do HIDS, na aba da componente modelo de negócios.
O coordenador da componente de Modelo de Negócio, Miguel Bacic, pontuou que a consultoria portuguesa está fazendo avanços e produzindo bons insights. “Estamos otimistas com o andamento da elaboração do modelo de negócios”. Ele sugeriu que todos os membros do Conselho pensassem em situações concretas para criar os primeiros fios para um tecido de relações. Ele deu como exemplo os projetos de incubação de empresas mantidos por várias instituições como a Unicamp e a PUC. “Poderíamos pensar em ações concretas de cooperação dentro do HIDS para o próximo ano”, complementou Bacic.
Carlos Prax, da Cargill, disse que as instituições do HIDS têm um relacionamento anterior ao projeto. Para ele, seria interessante fazer um mapeamento destes projetos bem-sucedidos e em andamento e avaliar, à luz de quais são seus objetivos propostos para o HIDS, quais os “gaps” e oportunidades para construir uma visão de futuro. “De alguma forma, o HIDS parte de uma realidade que não começa do zero, já existe um relacionamento entre as instituições que compõem o HIDS. Por isso, em paralelo à elaboração do modelo de negócio, seria importante evidenciar este relacionamento prévio”, pontuou o executivo da Cargill.
O KRIHS, instituto coreano que está elaborando o master plan do HIDS, se comprometeu a entregar uma primeira versão do master plan no início de abril, o que encurta em dois meses o prazo preliminar que foi informado no início das atividades. Com isso, segundo Mariano Laplane, destacou a necessidade de traçar uma estratégia de continuidade do projeto após o encerramento do convênio com o HIDS, que se encerra em julho de 2022. Ele sugeriu delinear um conjunto de iniciativas cooperadas entre os membros do Conselho.
Uma ideia, já discutida em outras reuniões, seria registrar oficialmente, em um documento, qual é a ideia de sustentabilidade que anima o HIDS. “Isto é importante para nortear discussões sobre projetos que podem ser incorporados ao HIDS, como o do Hospital Metropolitano, por exemplo, ou do tipo de infraestrutura desejada”, afirmou Laplane.
Monitoramento – Outra possibilidade seria juntar as capacidades de todas as entidades do Conselho para desenvolver um projeto de monitoramento remoto do patrimônio biológico do HIDS. Este projeto teria uma dupla função: em primeiro lugar criar e fortalecer uma trama de cooperações científicas entre as instituições e, em segundo lugar, gerar visibilidade potencial de materializar o que é o HIDS para fora do território. Para isso já existem várias competências disseminadas entre as entidades do Conselho: instrumentação, sensoriamento, software, IoT, tecnologia de redes, juntamente com o conhecimento sobre o patrimônio da área. Para Mariano, isso pode gerar soluções e sistemas que podem ser aplicados em Campinas, em outras áreas de preservação e mesmo no Estado de São Paulo. Testes poderiam ser feitos dentro das instituições, como em um laboratório vivo.
Finalmente, ele sugeriu elaborar uma programação de eventos do HIDS, bem como a participação do HIDS em eventos externos, nacionais e internacionais, ligados aos temas da sustentabilidade e inovação. Ele deu como exemplos o congresso da CNI e da Anpei. A ideia é que os membros do Conselho assumam a liderança dessas iniciativas.
A diretora da Embrapa, Silvia Masshurá destacou a importância do planejamento estratégico para consolidar esta integração, os resultados do trabalho das componentes e a visão e expectativas de cada instituição em relação ao projeto. Para ela o projeto do monitoramento é importante, mas o planejamento estratégico é primordial. Entre as iniciativas sugeridas pelo coordenador do HIDS que já deve ser iniciada no primeiro trimestre do próximo ano está a elaboração de um planejamento estratégico do HIDS. O objetivo é entender os principais desafios do projeto, seu status atual e quais as perspectivas para os próximos cinco ou dez anos. A consultoria Inventta assumiu a liderança deste projeto.
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Por Patricia Mariuzzo
Crédito foto: Antonio Scarpinetti/SEC Unicamp