Sobre

O que é o HIDS?

A proposta de um HUB Internacional para o Desenvolvimento Sustentável é construir uma estrutura que combina e articula ações, através de parcerias e cooperações entre instituições que possuem competências e interesses voltados a prover contribuições concretas para o desenvolvimento sustentável de forma ampla, incluindo as ações que tenham impactos nos eixos social, econômico e ambiental. Essa estrutura deve estar sediada em um local onde as sinergias são identificadas e potencializadas, sendo, desse modo, denominada como um HUB. A ocupação dessa área é uma oportunidade de explorar iniciativas para promover, atender e incentivar a Agenda 2030, da ONU, com seus 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, um compromisso assinado por 193 países, incluindo o Brasil.

Sua visão é contribuir para o processo do desenvolvimento sustentável, agregando esforços nacionais e internacionais para produzir conhecimento, tecnologias inovadoras e educação das futuras gerações, mitigando e superando as fragilidades sociais, econômicas e ambientais da sociedade contemporânea.

Conceitos

Entende-se que o HIDS possa ser concebido para atuar como um laboratório vivo, com a intenção de se tornar um modelo internacional de distrito inteligente e sustentável (em seu sentido amplo). Para tanto, será preciso explorar o uso misto do solo e adotar como referência as melhores práticas mundiais de cidades que planejaram seus espaços urbanos ancorados em princípios sustentáveis. Ainda com respeito às atividades que podem ser desenvolvidas no HIDS, compreende-se que cada ator e instituição partícipe desta iniciativa poderá atuar de modo coerente com sua própria missão e visão de futuro, mas sempre tendo como prerrogativa o atendimento aos princípios do desenvolvimento sustentável.

Vislumbra-se que todas as atividades e o desenvolvimento urbano do HIDS devem ter como pano de fundo a preservação e conservação do meio ambiente e podendo, entre outros exemplos:

  • promover coleta, tratamento e reciclagem de resíduos sólidos,
  • o uso racional da água,
  • utilizar energia limpa e de modo eficiente,
  • desenvolver e utilizar tecnologias e modelos de negócios inovadores como a Internet das Coisas (IoT), utilizar veículos autônomos, economia circular e compartilhada,
  • garantir a emissão líquida zero de gases causadores do efeito estufa
  • propor novas soluções para a habitação e com acesso às amenidades de uma cidade do futuro.

Foto: Luis Francisco Macedo

Projeto: Ana Caroline/Camila Kato/Elena Gomez/Helena Monteiro/Luiz Nascimento/Rafael Kenzo

Masterplan

Com a aquisição da Fazenda Argentina, a Unicamp passou a ser proprietária de uma porção significativa do Polo 2 de Alta Tecnologia de Campinas 2 (ou Ciatec 2), área reservada pela Prefeitura de Campinas para receber indústrias de alta tecnologia. O Polo foi idealizado pelo professor Rogério Cerqueira, inspirado no modelo do Vale do Silício, na Califórnia (EUA).

As discussões sobre a criação de um hub na Fazenda acabaram se configurando em uma oportunidade de retomar as propostas de efetivação desse Polo, mas agora, envolvendo, além da Unicamp, outras 13 instituições, entre elas a Prefeitura de Campinas e o Governo do Estado de São Paulo. Com isso, a área alvo de planejamento passou a ser de 11,3 milhões de m2.

De 2020 a 2022, a partir de um convênio entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Unicamp e a Prefeitura de Campinas para elaboração de um master plan para a área. Desenvolvido pelo Korea Research Institute for Human Settlement (KRIHS), a proposta de ocupação sugere a criação de duas centralidades mais adensadas, com uso misto (incluindo habitação, áreas corporativas, comércio e serviços) e áreas predominantemente residenciais. As únicas áreas exclusivas para atividades tecnológicas são as já existentes e a área da Fazenda Argentina (CEUCI, 2022). 

A elaboração do master plan pelo KRIHS contou com subsídios de estudos realizados por grupos de trabalho compostos por todas as instituições do Conselho Consultivo Fundador do HIDS. Esses grupos de trabalho foram divididos em seis componentes que buscaram contemplar os diferentes aspectos presentes em um projeto complexo como este.

O master plan desenvolvido pelo KRIHS tem como premissa a possibilidade de introduzir na região as atividades complementares que darão apoio e permitirão a plena realização dos objetivos previstos de criação de um ecossistema de inovação de quarta geração, baseado na sociedade e na economia do conhecimento. Neste contexto, a ocupação da Fazenda Argentina, por meio de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação é uma janela de oportunidade para a implementação dos ODS em um território do conhecimento e inovação” (CEUCI, 2022).